terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Carnaval' 98 (Parte I)

Já que o Carnaval está chegando, vou relatar uma história que aconteceu comigo há alguns anos atrás, justamente durante esta que deveria ser uma "festa", mas que deixou marcas profundas que direta ou indiretamente refletem até hoje...

"Eu estava ansiosa, mas muito ansiosa mesmo para que chegasse logo o Carnaval, pois tinha esperança de ver e beijar mais uma vez o Vinícius (Negão). Recapitulando: namoramos por 2 meses (escondido!), terminei o namoro e meses depois voltamos a ficar. Só que agora era diferente, eu gostava dele de verdade. E sofria com esse amor, pois no momento ele estava namorando. Aliás, depois que terminamos, ele colecionou namoradas.

No dia 21 de fevereiro de 1998, um sábado, o pessoal passou a tarde inteira em casa. A noite o Felipe veio me buscar em casa, pois iríamos pular o Carnaval no Camping, e a tia dele, a Dilma, iria nos levar. Enquanto a tia dele não ficava pronta, fomos andar, propositalmente perto da casa do Negão. Ele logo nos viu, mas foi um colega dele quem começou a assobiar e fazer gracinhas...

"Talvez o Negão não fique com você”, foi o que ouvi muitas vezes de inúmeras pessoas. Todos temiam por minha decepção, pois fiquei criando muita expectativa ao redor desse dia. De certo modo, isso acabava com a minha animação, mas não com a minha esperança. Vejam o meu desespero pra ficar com esse garoto...

Ficamos um tempo na concentração do bloco “Os Pirata”. Só mais tarde fomos para o Camping. E logo que cheguei vi ele, estava com a turminha de sempre. Eu e o Felipe nos justamos a turma da Dani, que sabendo da minha situação, foi falar com o Negão... E ele falou que só ficaria comigo mais tarde. Depois dessa, fui curtir o Carnaval, na medida do possível, é claro. Depois de algum tempo, um amigo dele me chamou no canto e disse para eu subir e esperar o Negão. Fui correndo!!! Logo em seguida ele chegou... Encostamos num carro, nos beijamos por cerca de 10 minutos, ele parou e perguntou: “O que é que você queria falar de tão importante?” (muitas vezes o chamei para conversar, mas ele sempre fugia). Falei: “Deixa pra lá, não é tão importante assim...”. Mas pensei: “Este é o meu momento! Não posso deixar de aproveitá-lo!”, e me declarei a ele. Disse que o amava e sempre o amei... Que queria retomar o namoro... Que tudo aquilo que havia acontecido no passado não se repetiria (terminei o namoro pra ficar com outro garoto... da minha sala). Ele riu e não acreditou. E disse ainda: “Ah! E o que você fez comigo?” Disse a ele que dessa vez seria mais fácil a situação se inverter... ele terminar comigo ao invés de eu terminar com ele. Ficamos juntos por umas duas horas e meia. Fomos várias vezes interrompidos pelos nossos amigos. Conversamos muito, como nunca tínhamos conversado antes. Trocamos carícias, beijos e abraços. A toda hora eu falava sobre reatar o nosso namoro, e ele dizia que precisava pensar. Afirmou que me procuraria dali alguns dias. Eu imaginava que a resposta seria “sim”, pois até aquele momento era pra esse rumo que a nossa história caminhava, mas me enganei".
***SOBRE O POST...
*O Vinícius (mais conhecido como "Negão") foi meu primeiro namorado. Namoramos a maior parte do tempo escondidos. Nos conhecemos na escola, eu era caloura no SESI. Acredito que nos encantamos um pelo outro quase que à primeira vista...
*Acho que o fato mais marcante do nosso namoro foi exatamente no dia em que ele me pediu pra ser sua namorada - estávamos no cinema assistindo ao filme "Romeu e Julieta", assistir, assistir, não assistimos, pois nos beijamos por duas horas e meia! (acho que nunca mais vou conseguir fazer isso!). Todos já sabiam que aquele seria o dia do tal pedido... foi especial.
*Tenho boas recordações dessa época, pois ele me acompanhava todos os dias até pertinho de casa depois da escola, ia nos meus treinos da natação e passava o dia todo no SESI também... e os amigos sempre nos dando cobertura.
*Fui a primeira menina que ele beijou - talvez por isso ele tenha se decepcionado tanto comigo quando terminei o namoro. Se arrependimento matasse... não por ele, mas aprendi que não podemos tomar decisões importantes, que tem impactos sobre a nossa vida, com base na loucura do momento, na curiosidade... terminei com ele pra ficar com um colega de sala, que futuramente também virou namorado, mas que não valeu a pena.
*É... mas a história não parou por aí. Namoramos, terminamos e voltamos a nos relacionar... só que desta vez foi muito mais intenso.

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